Outubro de 2024 foi um mês marcante para o mercado cripto. Faltou apenas 0,21% para o Bitcoin alcançar sua máxima histórica.
A principal criptomoeda do mercado iniciou outubro cotado a aproximadamente US$ 60.164 e, ao longo do mês, valorizou cerca de 14%. Esse movimento foi impulsionado por fatores macroeconômicos, o aumento da dominância do Bitcoin no mercado e o aumento da adoção institucional, como veremos a seguir.
No Brasil, o Bitcoin atingiu um novo recorde histórico em reais, atingindo a marca de R$ 421.149,00 pela primeira vez. Essa valorização foi impulsionada não apenas pelo aumento do preço do Bitcoin em dólares, mas também pela desvalorização do real frente ao dólar, que fechou o mês cotado a R$ 5,78. Esse movimento reforça a percepção do Bitcoin como uma reserva de valor, especialmente em economias com moedas mais voláteis.
Atualmente, o mercado cripto está em uma fase de transição dentro de seu ciclo econômico. Após um período de consolidação e recuperação dos preços, especialmente do Bitcoin, que se aproxima de suas máximas históricas, observamos sinais de entrada em uma nova fase de alta – mas não podemos deixar de observar as correções temporárias que o preço sofrerá dentro do ciclo.
Fatores como a expectativa de cortes nas taxas de juros pelo FED nos EUA e o aumento da adoção institucional indicam um ambiente favorável para a valorização dos criptoativos. No entanto, é fundamental monitorar os indicadores macroeconômicos e os desenvolvimentos regulatórios, que podem influenciar a continuidade desse ciclo de alta.
Principais Fatos e Números do Bitcoin em outubro
Volatilidade: o preço do Bitcoin oscilou 24,8% entre a máxima e mínima mensal.
Capitalização de Mercado: a capitalização total do mercado de criptomoedas atingiu US$ 2,38 trilhões, aproximando-se da resistência de US$ 2,40 trilhões.
Dominância do Bitcoin: a participação do Bitcoin no mercado cripto aumentou, atingindo 59% da capitalização total. Isso reflete uma preferência dos investidores por ativos mais consolidados em meio à volatilidade do mercado.
Adoção institucional: um relatório da a16z destacou que a atividade e o uso de criptomoedas alcançaram recordes históricos, com o número de endereços ativos mensais atingindo 220 milhões em setembro. Os dados das negociações de ETFs também evidenciam esse aumento.
ETFs: o volume negociado em ETFs de Bitcoin ultrapassou a marca de US$ 467 bilhões desde seu lançamento na bolsa americana. A crescente popularidade dos ETFs reforça a liquidez e a credibilidade do Bitcoin entre investidores institucionais.
Taxas de Juros dos EUA: o FED avalia mais um corte de 0,25% na taxa de juros. Se confirmado, o mercado financeiro pode reagir positivamente, já que juros mais baixos aumentam a atratividade de ativos da renda variável, incluindo as criptomoedas.
Aniversário do white paper do Bitcoin: no dia 31, o white paper do Bitcoin completou 16 anos desde sua publicação por Satoshi Nakamoto. A data foi celebrada pela comunidade cripto como um marco na história das finanças digitais. Intitulado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”, o documento apresentou ao mundo a primeira criptomoeda descentralizada, estabelecendo as bases para o ecossistema cripto atual.
Análise Gráfica do Bitcoin
Após o Bitcoin quase superar a sua máxima histórica no dia 29/10, o preço do ativo encontrou muita oferta vendedora, e o preço iniciou um forte movimento de queda, fazendo com que a principal criptomoeda atingisse a mínima de US$ 67.478 no domingo, 03 de novembro.
Apesar da queda, o preço que o Bitcoin atingiu trata-se de uma região de liquidez onde há demanda compradora. No entanto, ainda não entrou fluxo comprador forte, e por essa razão, há a possibilidade de continuidade de queda até os suportes de curto e médio prazo nos US$ 62.900 e US$ 61.900.
As resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 69.600 e US$ 71.715.
Análise do Ethereum
Com o preço do Bitcoin recuando, o Ethereum também iniciou um forte movimento de baixa após atingir os US$ 2.722.
No último domingo (03), o preço do Ethereum atingiu a mínima de US$ 2.411, rompendo o suporte comentado em nossa análise anterior.
Há um vácuo de liquidez no preço do ativo, portanto, se houver continuidade da queda, o próximo suporte está nas faixas de preços dos US$ 2.350 e US$ 2.275.
No entanto, caso entre fluxo comprador absorvendo a queda, as resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 2.520 e US$ 2.660.
Análise da SUI
O destaque da semana vai para a SUI, que entre os dias 18 a 29 de outubro teve uma valorização de +33%.
A SUI deixou de ser negociada por US$ 1.59 e atingiu a máxima de US$ 2.13 entre os períodos acima citados.
Apesar da alta acumulada durante o período, o preço da SUI recuou e voltou a ser negociada por US$ 1.87 até o momento em que escrevo essa análise.
Se houver continuidade da queda, o próximo suporte está nos US$ 1.65.
As resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 2.07 e US$ 2.40.
Como aproveitar o mercado cripto em Novembro
Para investidores conservadores, o ideal é aplicar uma estratégia de aportes fracionados em Bitcoin. Essa abordagem visa aproveitar as flutuações de preço da criptomoeda para criar um preço médio atrativo, minimizando os impactos da volatilidade.
Os aportes podem ser feitos principalmente em momentos de correção e especialmente caso o preço do Bitcoin se aproxime dos suportes de US$ 62.900 e US$ 61.900.
Em termos de diversificação, mantenha um foco maior em ativos consolidados, limitando a exposição a altcoins com menor liquidez, que tendem a reagir com mais volatilidade em períodos de incerteza.
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