Um juiz federal emitiu uma ordem de sigilo sobre o ex-CEO da FTX Sam Bankman Fried, limitando-o de falar publicamente sobre seu caso para a mídia.
“As partes neste caso, seus advogados e seus agentes estão proibidos de divulgar publicamente ou discutir com qualquer mídia de comunicação pública qualquer coisa sobre o caso”, ordenou o juiz distrital dos Estados Unidos de Nova York, Lewis Kaplan, na quarta-feira.
Kaplan acrescentou que a ordem não se aplica a “afirmações de inocência”.
O Departamento de Justiça dos EUA acusou Bankman-Fried na semana passada de vazar o diário particular de uma ex-colega, Caroline Ellison, para a mídia. Ellison dirigia a Alameda Research, empresa irmã da FTX, e se declarou culpado de várias acusações no ano passado.
O advogado de Bankman-Fried concordou em não falar publicamente sobre o caso, mas disse que deveria ser aplicado a “todas as partes e testemunhas”, incluindo FTX, Alameda Research e o atual CEO da FTX, John Ray, de acordo com uma carta arquivada no Distrito dos EUA. Tribunal do Distrito Sul de Nova York no fim de semana.
Tempo de prisão procurado
A promotora Danielle Sassoon disse ao tribunal na quarta-feira que Bankman-Fried, que atualmente está em prisão domiciliar, deveria ser detido, acrescentando que “nenhum conjunto de condições de soltura pode garantir a segurança da comunidade”, segundo a Reuters.
O juiz deu a ambos os lados até 3 de agosto para discutir suas posições sobre se Bankman-Fried deve ou não ser detido. Seu advogado disse que o ex-CEO da FTX estava tentando proteger sua reputação por meio da comunicação com jornalistas e acrescentou que “realmente seria quase impossível” se preparar para o julgamento de 2 de outubro se Bankman-Fried fosse preso, informou a Reuters.
Bankman-Fried pode pegar mais de 100 anos de prisão se for condenado por uma série de acusações, incluindo fraude, sobre alegações de que ele e outros executivos da FTX usaram bilhões de ativos de clientes para fazer seus próprios investimentos fracassados. A FTX entrou com pedido de falência no final do ano passado.
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