Em 17 de dezembro, o Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica de US$ 108.853. Porém, logo no dia seguinte, iniciou uma movimentação corretiva, influenciada pela divulgação de dados macroeconômicos e a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), segundo a análise da Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio.
O Federal Reserve anunciou o terceiro corte consecutivo na taxa de juros, reduzindo-a para 4,5% com um ajuste de 0,25 ponto percentual. Apesar disso, Jerome Powell, presidente do FED, alertou que a inflação para 2025 pode ser maior do que o esperado, indicando que o ritmo de cortes futuros será mais contido.
Durante a coletiva de imprensa, o índice do dólar (DXY) disparou para 108.261, refletindo uma valorização expressiva da moeda americana. Essa alta também impactou o mercado brasileiro, onde o dólar alcançou o patamar de R$ 6,30.
Impacto no preço do Bitcoin
Com o fortalecimento do dólar, o Bitcoin viu seu preço recuar para uma mínima de US$ 100.599. Analistas apontam que, caso a queda persista, o ativo pode corrigir para os suportes nas faixas de US$ 97.700 e US$ 87.900.
Apesar desse movimento corretivo, o Bitcoin acumula uma valorização de mais de 100% desde setembro de 2024, sem correções significativas ao longo do período. Dessa forma, muitos especialistas avaliam as quedas recentes como ajustes técnicos naturais, essenciais para a saúde do mercado.
Projeções para o longo prazo
A absorção de ordens de compra durante a correção poderá impulsionar o preço do Bitcoin em direção aos US$ 110.000 no médio e longo prazo, consolidando sua trajetória de alta.
Esse movimento reforça a volatilidade do mercado de criptomoedas e destaca a necessidade de atenção às políticas monetárias globais, que impactam diretamente os preços dos ativos digitais.
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